segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Resoluções, sinceronas e possíveis, pra 2018



No tempo em que eu fingia que era uma pessoinha doce, dulcíssima, eu fazia as tais listas tradicionais de resoluções inspiradoras pro ano novo. Acho que só ano passado que não fiz esta babaquice. Sim, eu já reparei que estou deveras cínica, meu filho me falou isso semana passada. Pois então, resolvi fazer a lista que sempre me ocorre, não pra agradar e/ou inspirar seu ninguém, só porque me deu vontade de dizer o que realmente acho que consigo fazer por mim em 2018.

1. Não matar ninguém. Quase todo dia eu tenho ímpetos assassinos. tenho vontade de estrangular alguém, de meter a cabeça d'outrem num meio fio, especialmente gente escrota, ruim, safada. Tipo racista, gente que debocha da pobreza alheia, assediadores e práticas nefastas desta feita. Tipo o cara que bateu na minha filha caçula, que estava de braço dado comigo porque ele supôs que éramos um casal lésbico. Se eu tivesse uma arma, eu teria usado. Então, eu preciso me controlar pra não matar ninguém, já que será um ano uó, com eleição presidencial (tanto de merda que eu vou ouvir, minha deusa) e Copa do mundo.

2. Ignorar o máximo possível gente sebosa, tipo essa classe média brasileira que é ridícula, ou ainda, o pobre burro de direita, homofóbicos, gente que usa religião pra ser ruim, esquerdomacho, aliás, machos héteros cis em geral. Deixar estas pessoas falarem o que quiser, e não me abalar, porque eu não posso lobotomizá-las, tampouco o item 1 das minhas resoluções. 

3. Comprar um iPhone novo que o meu já era. Comprei um tempo atrás um 5c, que foi o que deu. Está funcionando bem, mas parou de atualizar. Daí né? Pois é. (Na verdade, tem um monte de coisas que eu quero comprar em 2018, tipo uma tv 4k, uma câmera nova, novas lentes, um note novo, um pc de mesa maneirinho, mas né? Proletária sofre).

4. Neste momento estou com um plano de reproduzir, um pouco, aquela parede linda do quarto da Amélie Poulain. O plano consiste em pintar a parede dum vermelho próximo, fazer umas estrelinhas de stencil e imprimir as telas de Michel Sowa do cachorro com o cone e do ganso. Vamos ver.

5. Parar de adotar gatos. Sou praticamente uma ONG que ninguém ajuda e que ninguém liga.

6. Ir a todos os cafés que planejei em 2017 e não fui (só fui ao Mercado do Café e ao Viriato). Incluindo a Sublime, a Sablé, o Consulado do Café, Amika.

7. Ir a todas as hamburguerias que planejei em 2017. (Não fui a nenhuma): incluindo Porpino, Barney's, Burger Street 1130. Este ano só rolou McDonalds, Burger King e o podrão da Praça da Gentilândia. Triste.

8. Encontrar uma casa com tudo o que eu, no momento almejo, dentro das minhas possibilidades, nos arredores da Praça da Gentilândia e da Reitoria. Bem difícil. Na verdade, eu sonho com uma casa tipo a casa do restaurante Mandir. Mas podia ser a do Rango Verde também. 

9. Quero livros! Novos, usados, roubados, ganhos, tanto faz!

10. Voltar a adquirir novos membros pra minha coleção de toys, artigos de décor, Blythes, porcelanas.

11. Comprar a bolsa da Chopette do Karl Lagerfeld.

12. Quero voltar a comprar material de desenho e pintura e voltar a desenhar e pintar. 

13. Comprar 10 biquinis pra mim.

14. Ir mais ao cinema.

15. Terminar de pagar uma parte das minhas dívidas, quem sabe tudo. Comecei em 2017. Aliás, foi uma das melhores coisas do ano, mas não me livrei de todas. Ainda.

16. Comprar uma cesta de pique-nique e fazer ao menos três pique-niques.

17. Comprar, ao menos, 5 packs de Tarot, fazer para cada um dos Tarots uma caixinha decorada.

18. Fazer meu altar da Arte, voltar às minhas raízes bruxísticas.

19. Fazer 4 tatuagens pequenas e duas de tamanho médio, todas com mulheres tatuadoras aqui de Fortaleza. Este ano fiz uma.

20. Falar bem pouco em ambientes sociais. Deixar as pessoas falarem, parar com a carência de ser ouvida, seja por alunos, colegas, filhos, afinal, blogs servem pra isso ;).

Inté.

Imagem: Detalhe do quarto da Amélie Poulain.

P.S.: Óbvio que eu também quero ganhar na loteria, destruir o patriarcado, passar no concurso da Seduc, descobrir o sentido da vida, dormir 12 horas seguidas, decidir qual mestrado eu quero (história, literatura, arte) e ser selecionada dentre outras coisas, tantas coisas. Mas a lista é de coisas possíveis mesmo mesmo.

Um comentário :

Sejam educados, seus lindos!

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