quarta-feira, 19 de outubro de 2016

American Horror Story: Roanoke (treta sinistríssima)


Alerta de Spoiler, leia por sua conta e risco.





Agora que já conversamos sobre o geral em relação à nova temporada de AHS, vamos às especificidades que fazem dessa temporada a melhor (ao menos até agora) desde Asylium. 

Desde o primeiro episódio com a chuva de dentes (sim, teve uma chuva de dentes no fucking primeiro episódio) as dúvidas nos rodeiam e, não, elas não foram embora rs! Só pioraram, mas tudo bem, gostamos disso, é adulto. Roanoke chegou num formato diferente de tudo aquilo que estávamos acostumados. Eu nunca imaginei AHS num formato de documentário e sem a tão esperada abertura. Foi bizarro ver O.J Simpson beijando a advogada de acusação, Marcia Clark. E tudo começa com esse nosso casal que compra uma casa por uma quantia absurdamente barata e vive rápidos momentos felizes, até que a treta se instaura.



Daí o ritual de purificação do segundo episódio: um cervo, tochas, uma cabeça de porco e uma pessoa sendo sacrificada na fogueira. Os motivos continuam sob suspense, só sabemos até agora de uma proteção local. E mesmo que a situação seja bem propícia pra que deixem a casa, ficar ali e enfrentar o que ainda insistem em ser “os vizinhos” virou a melhor opção. E telefones tocam de madrugada, e barulhos, no meio da noite, no melhor do sono. E acham uma câmera, uma câmera intacta, uma câmera intacta depois de todos esses anos. E pelo conteúdo das filmagens descobriram o Dr. Elias Cunningham, que relatava nos vídeos que passou a morar na adega, mesmo que ali cheirasse mal e fosse frio por medo de voltar à casa, porque algo lá dentro não o queria ali. Pensando sobre os medos e as vontades de voltar a casa, uma hora ou outra nós vamos parar de nos perguntar o por quê das pessoas ainda quererem voltar lá pra descobrir tudo que acontece e sempre torcer pra que voltem e descubram mesmo. Quando o Professor chegou ao local, sua única intenção era buscar inspirações pro seu livro, porém, foi também uma vítima dos acontecimentos que ocorriam ali. Contava sobre uma família que morou no lugar e o abandonou sem deixar pista alguma sobre o local pra que teriam partido, e sobre as duas enfermeiras já vistas pelos três moradores da casa. E essa altura não fazemos ideia do que se trata.



E aí o terceiro episódio, a filha do casal (Flora) sumiu, as buscas os levaram até o celeiro, lá encontraram dois garotos, até então possíveis moradores daquele lugar, que se alimentavam do leite de uma porca. Eca. Depois descobrimos que eram da família Polk, e haviam sido abandonados pelos familiares. O que a gente sempre escuta, e é o que sempre dizem por aí afinal, é que porcos estão ligados aos espíritos ruins, mas depois que a polícia foi chamada e a assistente social tentou um diálogo com os garotos, tudo que eles falavam era “Croatoan“(umhum), uma palavra que tem o significado de expulsar espíritos ruins. Sabendo que em infinitas culturas, acredita-se que os porcos estão ligados de alguma forma aos espíritos ruins, por que os garotos se alimentavam de um e repetiam depois uma palavra que serve para afastar os maus espíritos? Uma criança que haviam morrido no final do Século XVI e gostava de bonecas feitas com espigas de milho (oi bruxa de Blair, queridinha).



O quarto episódio foi tretoso (na verdade,os episódios estão numa progressão geométrica de terror). 
A cena do desmembramento foi bastante bizarra e toda sua composição, com a personagem de Kathy Bates, The Butcher, ordenando para que puxassem cada vez mais os dois braços da jovem, os gritos de dor seguidos dos dois membros sendo brutalmente arrancados, fizeram com que essa cena fosse absurda e claro, ótima. O melhor momento de todo o episódio foi a morte de Cricket, e foi uma morte digna do horror que o nome da série carrega consigo. Não é pelo fato de eu gostar de American Horror Story, mas esta foi uma das melhores e mais sangrentas mortes de todas as temporadas. Uma cena tensa, bizarra e que confesso que cheguei a virar o rosto por alguns segundos. Foi absurdo, no melhor sentido da palavra. Neste episódio tivemos um pouco mais de intimidade com o personagem de Lady Gaga, que ainda não sabíamos se era uma fada ou uma bruxa da floresta  Vamos torcer para que a história dela seja muito bem desenvolvida no decorrer da série, porque minha tendencia é achar uó por conta do fiasco que foi Hotel (eu achei). Mais uma vez o homem com cabeça de porco apareceu e desta vez a sua participação foi bem maior. A aberração perseguiu as personagens pincipais, Matt e Shelby, pela casa até ser abatida pelo personagem de Denis O’Hare, Elias, ao desferir um golpe de machado e depois o fez desaparecer gritando ‘’croatoan’’. Elias, que já apareceu nos episódios anteriores enquanto Shelby e Matt assistiam algumas fitas VHS, acaba sendo abatido no meio da floresta por flechas. Não sei se ele vai voltar a aparecer, mas sua rápida passagem revelou algumas coisas importantes sobre os assassinatos passados, como a morte de uma família taiwanesa (que lembra a família dO grito) e a já citada morte de Miranda.



E o episódio da semana passada, descobrimos quem é Edward Phillipe Mott, o primeiro proprietário da Mansão Shaker, o seu sobrenome já era conhecido. Antes a chamávamos de Farmhouse, agora já temos as informações de quando foi construída e quais as razões de sua construção. Edward era um homem rico, absolutamente antissocial, fascinado por arte e que deixou sua família na Filadélfia pra viver com seu amante numa casa na Carolina do Norte onde só haviam os dois e as artes que ele colecionava. Durante a construção da casa, houveram inúmeros acidentes e acontecimentos inexplicados, dentre eles a própria estadia dele. Edward passou apenas dois dias na casa, na sua segunda noite acordou com barulhos e ao descer as escadas, sua principal peça de arte havia caído e todos os seus quadros estavam danificados. Trancou todos os serviçais na adega, e lá foram esquecidos porque na mesma noite Edward foi morto pela Açougueira, que reivindicava as terras e o expulsava dali. Ele foi morto com uma grande estaca que atravessou das costas ao peito, o amante foi culpado pela morte e a casa foi herdada pela família por mais de um século, até o último Mott, você-sabe-quem, morrer em 1952. De todos os proprietários da casa que já temos conhecimento, e isso inclui a família oriental também, percebemos que o ponto em comum entre eles é sempre ter o lugar como um refúgio e recomeço, seja pra abandonar a família, recomeçar num novo país, superar uma grande perda, cometer suas barbaridades às escondidas, escrever um livro. Se isolar e/ou buscar recomeçar dali. 

Não podemos afirmar que todos tem um sentimento de apego pelo local, mas abandonar o lugar depois dos acontecimentos nunca foi a primeira opção de nenhum, pelo contrário, em algumas situações é possível ver a curiosidade de saber a sua estória e cessar o que acontece ali. Eu por exemplo, teria fugido no primeiro dente que caísse do céu. Blood Moon! Gente, a lua causa um efeitinho na cabeça dos espíritos que assombram o local. Matt ligou pra emergência porque os colonos estavam do lado de fora da casa dele só esperando que eles saíssem de lá. Como eles não honraram o pacto de sair das terras, estavam sujeitos ao sacrifício. Toda noite de lua cheia, vermelha, determinada época do ano, eles estão autorizados a matar, lembra? É nessa época que o pacto com os deuses é renovado. Quando eles estavam prontos e planejados a fugir, um espírito pegou a Flora pela casa, a machucou, enquanto outros, enfeitiçados, tentavam os matar.Shelby dizia que sentia a casa ganhar vida ao redor dela, e foi realmente isso que aconteceu. Na tentativa de se esconderem no porão, Matt apareceu e os guiou por túneis no subsolo da casa, os mesmos que ele havia construído pra escape em caso de necessidade. Foram parar na floresta, golpeados e levados pra casa dos Polk, onde encontraram Elias agonizando e desesperado. Ele dizia sem parar que a Mama havia arrancado a sua perna e os caipiras alegavam que havia sido curado com magia. Elias acabou pedindo pra que Matt o matasse e fugisse de lá. Acabou morrendo com o golpe na cabeça porque não tinha mais serventia alguma. A Mama acabou explicando que há mais de 200 anos sua família tem um pacto com a açougueira, dizendo que enquanto aquela terra for consagrada eles terão paz. Só disse isso pela certeza de que eles não iriam sair vivos de lá. Foram conduzidos até a caminhonete pra de lá irem à casa ser sacrificados. No meio do caminho Matt golpeou e acertou um dos caipiras e tentou fugir com as duas, como não deu certo voltaram aos Polk e por vingança Shelby teve sua perna golpeada. 

Quando chegaram na casa encontraram os colonos por lá só esperando o momento de serem sacrificados, porém, o filho da Açougueira mais uma vez a traiu e foram parar juntos na fogueira enquanto Lee colocou todo mundo dentro do carro e fugiu. Shelby contou que até hoje tem pesadelos com isso, a impressão que tive é que apesar do ocorrido, tudo havia ficado bem, mas...

... temos uma reviravolta e agora é esperar. 

Inté.

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