quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Orange Is The New Black



Faz tempo que estou devendo uma resenha sobre OITNB, mas estava esperando terminar as temporadas. E eu nem terminei, ainda falta a terceira, mas vamos logo com isso. Das séries mais divertidas e malucas e incríveis dos últimos tempos, produção independente da NetFlix, que já faz parte da vida da gente, com taxa ou sem taxa.

Se você, querido leitor, basear sua opinião pelas inúmeras resenhas negativas sobre a série, nem tente assistir. O que me parece é que existe uma resistência enorme, porque é uma série sobre mulheres. Sobre mulheres presidiárias. Sobre mulheres presidiárias lésbicas, caipiras, estrangeiras (tem uma russa! Queria Red!), patricinhas insossas, negras, homens machistas. Ou seja, é muito assunto indigesto junto para o estômago dos conservadores de plantão. Vão assistir Friends, gente.

Orange is The New Black poderia ser simplesmente a história de uma patricinha que tem que cumprir algum tempo de pena na cadeia por tráfico de droga, mas a série é mais do que isto. Episódios complexos que misturam humor e drama contam uma história, supostamente real (baseada num livro, a vida da autora, etc, essa droga toda) por trás de um presídio feminino nos EUA. Uma versão feminina de OZ? Não, nada disso.

 Inúmeras obras audiovisuais abordam a convivência de detentos na prisão. Personagens que precisam lidar com seu passado e suas culpas para aguentar e sobreviver o tempo na cadeia, personagens que estão ali injustamente e vêem nisso uma oportunidade de evoluir e até personagens que entram propositalmente na prisão para determinado objetivo. 

Orange is the New Black se diferencia, o dramédia (drama+comédia - sim, é preciso explicar) é baseado na vida de Piper Kerman, que realmente teve que passar mais de um ano na prisão por lavagem de dinheiro. E numa prisão exclusiva para mulheres. Na série, Piper está há alguns meses do seu casamento com Larry quando tem o seu futuro alterado ao ser condenada por 15 meses por ter transportado dinheiro de tráfico da sua namorada há 10 anos atrás. Ao chegar na prisão, ela tem que se adaptar a toda a segregação racial que as próprias detentas fazem, aos ataques de mulheres insanas que querem ela como “esposa”, enfim, a todos os pormenores de uma prisão.

 Ah, e como se não bastasse, sua ex-namorada que a dedurou para a polícia, Alex, também está na cadeia. A história da Piper é previsível, mas não menso cativante. Assim com todos os enredos subjacentes. Se você ouvir ou ler algo diferente de certo partiu de algum reaça cuja heterossexualidade é muito frágil.

Daí a história da protagonista dá uma guinada na metade final, e a Piper vira uma monstra, sendo apontada como uma das protagonistas mais odiadas de todos os tempos. Adouro rs.

O sexo é o elemento mais forte da série e, apesar da pouca representação gráfica, está muito presente e é bem yeeey rs. Já li gente chamando de cenas conservadores. WTF? O que esse povo quer? Sexo explícito? Aluga uns pornô, fio.

Das personagens secundárias, que têm suas histórias desenvolvidas em sua maioria através de flashbacks, minha favorita é a Red, a cozinheira russa que já trabalhou pra máfia e que faz da vida da Piper na primeira temporada um inferno rs.

 Assistam.

Bisous.

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